
Bebês prematuros são aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação, cuja duração completa é entre 37 e 42 semanas, ou 9 meses.
De acordo com dados da Fiocruz e da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos.
Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus. Segundo o estudo “Born Too Soon”, realizado pela ONG americana March of Dimes, o Brasil é o 10º país no ranking da prematuridade.
“Além do risco alto de mortalidade, crianças que nascem precocemente podem ter dificuldades no desenvolvimento digestivo, respiratório, de linguagem e do desenvolvimento global”, pontua Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa (SP).
Causas do parto prematuro
As principais são ruptura prematura de membrana que envolve o bebê (bolsa rota); hipertensão crônica; pré-eclâmpsia (quando o feto libera proteínas na circulação de sangue da mãe, provocando resposta imunológica); Síndrome de Hellp (que afeta rins, fígado e imunidade); descolamento prematuro da placenta; malformações uterinas ou do feto; infecções uterinas e gestação múltipla.
“Além disso, outros fatores podem levar ao parto prematuro: ausência do pré-natal, fumo, álcool, drogas, estresse, sangramento vaginal, diabete, obesidade, baixo peso, distúrbios de coagulação e gestações muito próximas (menos de 6 a 9 meses entre o nascimento de um bebê e ficar grávida novamente)”, lista o médico.
Como prevenir?
Sintomas como contrações a cada 10 minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais, cólica abdominal com ou sem diarreia podem ser sinais de trabalho de parto.
Porém, é possível prevenir o parto prematuro. Estas incluem iniciar o neonatal tão logo souber da gravidez; avisar o médico do seu histórico de saúde, do pai e o familiar, incluindo doenças crônicas e reações alérgicas.
Vale também manter-se numa faixa de peso adequada, evitar bebidas alcoólicas, não fumar, não se automedicar e manter calendário de vacina atualizado, lembrando que algumas são contraindicadas na gravidez, enquanto outras necessitam de reforço.
“Fique alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais”, orienta o médico.