
Levar o animal de estimação em uma viagem exige planejamento. Seja de carro, ônibus ou avião, cada meio de transporte possui regras específicas, além de cuidados com o bem-estar do pet antes, durante e depois do trajeto. A etapa inicial é sempre a mesma: a visita ao veterinário. Além de verificar se está tudo bem com a saúde do animal, é o profissional quem emite o atestado de saúde, documento obrigatório para deslocamentos. Na consulta, também é possível discutir formas de tornar o percurso mais confortável — principalmente no caso de pets mais ansiosos.
Na estrada, no céu ou no ônibus: o que muda?
Ao optar por viajar de avião, é preciso reservar o transporte do pet com antecedência — mesmo quando o animal for na cabine. Ele deve estar em uma caixa de transporte com tamanho regulamentado pela companhia aérea, que caiba sob o assento à frente do passageiro. A caixa precisa permitir que o animal se movimente e permaneça confortável. Em viagens internacionais, outros requisitos podem ser exigidos, como a presença de microchip ou vacinas específicas. E atenção: cães e gatos com menos de seis meses não são aceitos em voos comerciais.
Já nas viagens de ônibus, o transporte também exige o uso de caixa apropriada e a apresentação da carteira de vacinação atualizada, além do atestado veterinário. Algumas empresas limitam o número de animais por viagem e, em estados como São Paulo, é necessário adquirir uma poltrona extra para o pet. O peso total do animal somado ao da caixa geralmente não pode ultrapassar 10 kg — regra que varia conforme a empresa e a legislação local.
No carro, embora não haja exigência de compra de serviço específico, a responsabilidade pela segurança do animal é do tutor. O ideal é transportá-lo usando cinto de segurança próprio ou caixas de transporte. Para gatos, a recomendação é que permaneçam dentro da caixa durante todo o trajeto. Cães pequenos podem usar cestos presos ao banco, e os maiores, cintos específicos vendidos em lojas pet. É importante lembrar que, em caso de fiscalização, o tutor pode precisar apresentar a documentação sanitária do pet.
Dicas para uma viagem tranquila
Algumas atitudes simples fazem toda a diferença no bem-estar dos pets durante uma viagem. Evitar oferecer comida até três horas antes do embarque ajuda a prevenir enjoos. Também é recomendável levar objetos com o cheiro do animal para que ele se sinta mais seguro.
Verifique com antecedência se o local de hospedagem aceita animais e está preparado para recebê-los — especialmente no caso de gatos, que precisam de proteção extra contra fugas, como redes nas janelas.
Identificação é item indispensável: colocar coleira com nome e telefone ajuda muito caso o pet se perca. E, claro, não se esqueça da ração, dos potes, da água fresca e dos itens de uso diário do bichinho.
Cada pet, um cuidado
Assim como as pessoas, cada animal reage de forma diferente a uma mudança de ambiente. Enquanto alguns se adaptam facilmente, outros podem sentir bastante a alteração na rotina. Por isso, o acompanhamento do veterinário é essencial para avaliar, caso a caso, a necessidade de medicação contra estresse, enjoo ou outros desconfortos.
Fonte: PUC VET/PUC-Campinas