Filhos | Quadrinhos podem estimular crianças e jovens a ler


Incentivar os filhos a lerem é uma preocupação de muitos pais, que podem contar com os quadrinhos na hora de aproximá-los do universo mágico da leitura. “Os atrativos estão na relação das duas linguagens – texto e imagem – e na própria dinâmica de narração da história. Já vi muitas crianças começarem a ler por meio de gibis”, revela Daniela da Costa Neves, pedagoga de São Paulo (SP). “Outra questão que facilita é o tipo de letra. Em geral, um leitor iniciante tem mais facilidade em ler quando as letras são maiúsculas”, analisa. 


Ponto de partida
Para aproximar os pequenos deste gênero literário, comece deixando-os manusear de forma independente os livros, revistas e jornais com a histórias. Leia para eles ou com eles, mostrando o que está vendo.

“Também é possível recortar as tirinhas de jornal, colar em um papel mais grosso e deixar em uma caixa para que, dentre os livros e gibis, eles escolham e peguem o que quiserem para ler”, orienta Daniela. “Por serem curtas, é possível que uma criança leia para outra, com autonomia, uma tirinha que gostou”, assinala.


Novas aventuras
Ainda é comum certo preconceito com os gibis, assim como uma cobrança para que a criança leia livros em prosa ou em verso. Ambos são injustificáveis.

“Já observei muitos ficarem um tempo nos quadrinhos e depois se abrirem a outras leituras. O incentivo deve sempre contemplar diferentes possibilidades e dar espaço para que a criança ou o jovem possa fazer suas escolhas”, esclarece Daniela.

“Conheci uma menina que ficou anos lendo só quadrinhos. Um dia, ela pegou um livro de uma série e leu todos, em sequência, sem nenhuma dificuldade. Ela sempre esteve exposta aos mais diversos gêneros literários, e isso faz diferença”, explica.


Papo de jovem
Os quadrinhos tão pouco são assunto apenas de crianças. Os adolescentes também podem se beneficiar desse gênero literário.

“Há adaptações muito bem feitas de histórias de autores clássicos para quadrinhos, assim como versões de histórias criadas especificamente em quadrinhos e que atraem os jovens pela própria linguagem. A leitura acaba sendo mais dinâmica na interlocução com as imagem”, ressalta.

Nesse caso, os pais devem entender que é diferente ler, por exemplo, uma versão em quadrinhos de "Dom Quixote" do que o livro original. Mas um não pode ser considerado melhor que o outro.

“Para alguns, a versão em quadrinhos seria um desafio e traria outros aprendizados. Cada pessoa experimenta isso de maneira diferente”, finaliza.

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