
A osteoporose – doença que causa a diminuição da massa óssea, resultando em ossos frágeis e porosos - é corriqueira na menopausa. “É mais comum após 12 meses da ausência de menstruação”, afirma o ginecologista de São Paulo (SP) Carlos Moraes.
A pós doutora em endocrinologia e metabologia Claudia Chang explica que osteoporose costuma surgir entre os 45 e 55 anos. “A chance é maior nesse período por conta do desequilíbrio hormonal, principalmente pela queda do estrogênio, hormônio que, dentre outras funções, serve como uma proteção natural aos ossos. Com essa diminuição, o desgaste ósseo acelera”.
“O grande perigo é que a osteoporose não causa dor, ou seja, muitas pessoas só a descobrem quando há alguma fratura”, completa.
Conheça 4 hábitos que ajudam a reduzir as chances de desenvolver a doença na menopausa.
Cuidado com o cigarro
As substâncias tóxicas presentes no produto enfraquecem as células responsáveis pela formação dos ossos e modificam o metabolismo do estrogênio, o hormônio feminino que tem como função proteger o tecido ósseo.
Exercite-se
A atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular. Exercícios como corridas e caminhadas são essenciais para prevenir a fraqueza óssea, além de fortalecer o sistema imunológico.
“A musculação, em especial, deixa os ossos mais resistentes e protegidos pelo ganho de massa muscular e contribui para o aumento do equilíbrio, fator importante para evitar quedas, que são situações comuns em pessoas idosas e que geralmente provocam fraturas”, alerta Moraes.
Tome sol
O sol é a principal fonte de vitamina D – 80% da formação dessa vitamina provém dos raios solares, que ativam a síntese da substância em nosso organismo, auxiliando na absorção e fixação nos ossos. “O ideal é se expor ao sol 15 minutos por dia, evitando entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa”, aconselha Chang.
Exames periódicos
A densitometria óssea é o exame que mede a densidade do osso e pode diagnosticar a osteoporose ainda em estágios primários, o que possibilita o tratamento imediato e evita o diagnóstico tardio.
Já antes dos 40 anos, recomenda-se o exame apenas se houver outro fator de risco envolvido, como histórico familiar ou dificuldade de o organismo absorver o cálcio. “Feita de forma adequada, a prevenção pode reduzir os riscos de fraturas de coluna, fêmur e costelas, pulsos e pés”, finaliza Carlos Moraes.