
Lidar com a dor da perda é um processo doloroso para maioria das pessoas. Esse caminho pode variar com o grau de ligação com a pessoa ou as circunstâncias de sua partida. Também existe o aspecto cultural e social da região que vive.
Geralmente, a perda pode ser vivida como uma dor muito grande, podendo resultar em doença e melancolia.
“Muitas vezes, a dor pode ser negada, recusada e mascarada. Perdas que, aparentemente, não foram sentidas, podem ocultar uma dor silenciosa e difícil de ser tratada”, explica a psicóloga Glaucineia Lima.
Para a profissional, a morte ainda é um tabu na sociedade. “Lidar com a ideia da morte é admitir que ela é uma certeza para cada ser vivo”, diz. “Evitamos a todo custo isso, para não termos que enfrentar o desprazer e a angústia trazidas por esse pensamento”, ressalta.
Fases do luto
O luto possui fases pelas quais a maioria das pessoas passa, podendo variar de intensidade. A negação e isolamento são os estágios iniciais, funcionando como uma adaptação a essa nova realidade.
“São seguidos pela raiva, revolta e ressentimento com a total falta de sentido do acontecimento”, conta.
A fase da ‘negociação’ chega como uma ponta de esperança, quando o indivíduo se cerca de objetivos e ações com a finalidade de se distrair da dor, na esperança de, desta forma, conseguir minimizar o seu sofrimento.
“Por fim, acontece a depressão, quando a tristeza, debilitação, solidão e saudades possibilitam a elaboração da perda, abrindo espaço para a aceitação”, conclui.
A melhor forma de confortar uma pessoa que está em luto é oferecer amizade, presença, cuidado e interesse verdadeiro no seu processo. “Às vezes, o acompanhamento profissional também se faz necessário”, relembra.