
Planejamento e certeza são dois fatores que devem direcionar a adoção de uma criança, uma vez que será uma escolha permanente e que afetará a família para sempre. Algumas dicas, porém, orientam e facilitam esse processo, como aponta o médico da Sociedade Brasileira de Pediatria, Carlo Crivellaro.
Exames monitoram a saúde
Nos casos em que não haja informações concretas sobre o pré-natal da gestante, alguns exames especiais no bebê deverão ser realizados. Ao longo do desenvolvimento físico, emocional e cognitivo dele, porém, tente não o comparar às crianças da mesma idade.
“É possível que ele tenha recebido menos estímulos e esteja se desenvolvendo mais devagar, mas nada que não possa ser recuperado”, tranquiliza o médico.
Vínculo pode demorar
Não espere sentir um amor imediato ou o mesmo do seu novo filho. Tanto para o casal como para a criança adotada, esse é um cenário cheio de sentimentos contraditórios: felicidade, receio e ansiedade são alguns deles.
“Vocês precisam de tempo para se conhecerem, mesmo se tratando de um recém- nascido”, enfatiza o médico.
Fique o máximo de tempo com seu filho...
... pelo menos nas primeiras semanas. Por mais que todo mundo queira receber o novo integrante da família, vale limitar o número de visitas nos primeiros dias para que a criança se ambiente primeiro com seus pais e seu novo lar.
Crie rotinas
Algo que é fundamental para toda criança, torna-se especialmente necessário para aquela que passou por tantas mudanças inesperadas. Isso trará conforto e segurança.
Momentos ruins podem acontecer
É compreensível duvidar de seu instinto materno, principalmente se a criança já for maior. Ou, ainda, o casal pode ter receio de que, quando crescer, o filho sinta vontade de procurar os pais biológicos. Todas essas dúvidas são normais.
Converse com outros pais adotivos
Isso trará calma, já que determinadas situações são comuns em famílias cujos filhos são adotados. Isso vale para seu filho, após ser revelada a adoção. “Seria importante que ele conversasse com outras crianças adotadas e percebesse que a adoção foi um enorme ato de amor dos seus pais”.
Seja verdadeiro
As perguntas e dúvidas iniciam no período pré-escolar, dos dois aos sete anos. O ideal é não demorar muito para contar sobre a adoção, optando por conversar em momento tranquilo e de maneira simples.
“Explique que o fato de ser adotada não muda os sentimentos que os pais têm por ela. Mostre outros casos de adoção, incluindo aqueles que vocês conheceram”, diz. Normalmente, depois que a adoção é revelada, a família toda passa por um período necessário de acomodação das emoções. Respeite esse momento.
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