O Brasil apresentou 3.876 internações de crianças por intoxicação no ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. “Colocar coisas na boca e experimentar seu gosto é o modo como crianças pequenas exploram o ambiente. Isso ocorre em um rápido momento de distração dos adultos”, justifica a pediatra Andressa Tannure. De acordo com a médica, até 90% dos acidentes domésticos com os pequenos podem ser evitados a partir de medidas simples, tomadas por mães, pais e responsáveis. Além de manter medicamentos e produtos tóxicos trancados e fora do alcance das crianças, ela cita outras orientações a serem realizadas dentro e fora de casa.

• Evite consumir medicamentos na frente de crianças, que tendem a imitar os adultos.
• Não chame medicamentos de “balinha”, ou ‘’docinho’’ para que ela aceite tomá-los mais fácil.
• Cheque o rótulo e a dosagem prescritos, principalmente durante a madrugada. Oferte o medicamento sempre com uma luz acesa.
• Nunca mude a embalagem de um produto, colocando substâncias tóxicas em garrafas de refrigerante ou latas de alimentos.
• Dê preferência a embalagens de medicamentos que tenham tampas de segurança.
• Não permaneça com o motor do carro ligado em uma garagem fechada. Ao sentir cheiro de gás, desligue imediatamente e chame a companhia de gás.
• Nunca dê embalagens ou frascos de remédios para uma criança brincar.
• Deixe o telefone do SAMU e do Centro de Intoxicações em local de fácil acesso da sua casa, avisando outras pessoas que cuidam da criança.
• Redobre a atenção quando levar seus filhos na casa de amigos e familiares que não tenham crianças. Provavelmente, a residência não terá os mesmos cuidados que sua casa.