Filhos | Início da semana pode ser sofrimento para crianças vítimas de bullying na escola



Crianças e adolescentes que são vítimas de bullying na escola podem apresentar sofrimento quando a volta às aulas se aproxima, como no começo da semana.

“As vítimas do bullying têm vergonha de contar o que estão sofrendo. Assim, cabe aos pais detectar as mudanças no comportamento da criança, como não querer ir à escola, mostrar-se triste ou angustiada, não demonstrar interesse em participar das atividades no recreio, entre outras”, exemplifica Elaine Di Sarno, psicóloga com especialização em Terapia Cognitivo Comportamental.

O bullying envolve um comportamento agressivo (seja por palavras ou atitudes), repetitivo, feito por alguém que exerce algum tipo de poder ou intimidação sobre outro.

“O comportamento de domínio é frequente em animais que vivem em grupos: tipicamente, o macho-alfa exerce um poder sobre os demais, determinando uma hierarquia ou ordem social no grupo”, explica.

“Entre os seres humanos, esse comportamento foi sendo inibido à medida que foi se constituindo a civilização humana. Os humanos estabelecem um ‘acordo’ em que a hierarquia e as regras são respeitadas, seja pelas leis impostas pela sociedade, seja por um acordo implícito entre as partes”, explica Elaine.

“As crianças, obviamente, não nascem sabendo de tudo isso. É preciso ensiná-las a respeitar limites e os demais seres humanos. De certo modo, elas aprendem a domar seus próprios instintos e desejos, inclusive o de dominar seus pares”.

Este é um dos papéis fundamentais dos pais, os primeiros modelos que a criança toma para aprender as regras sociais.

As vítimas de bullying, em geral, têm algum tipo de característica de fragilidade ou vulnerabilidade que as faz ser tornar alvo do intimidador (“buller”). Pode ser algum aspecto físico (a criança “gordinha” ou “baixinha”, por exemplo) ou psicológico (a criança “tímida” ou mais “infantil”, em comparação com as demais).

As abordagens para manejo tanto do agressor quanto da vítima são a terapia. “Para o ‘buller’, o trabalho envolve amenizar seu comportamento agressivo. Já para a vítima do bullying, a terapia ajuda a superar a dificuldade de se expressar e se defender”, explica.

“Em ambos os casos, a orientação ou terapia dos pais é indicada, uma vez que estes podem se sentir perdidos e não conseguirem lidar adequadamente com o problema”, finaliza.





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