Filhos | Parto em casa é menos seguro para o bebê, afirmam especialistas



Comum entre as mulheres no passado, o parto domiciliar representa, atualmente, uma parcela pequena dos nascimentos que ocorrem no Brasil.

“Antigamente, os partos eram realizados em casa, assistidos por parteiras que desenvolviam suas práticas com base em um saber empírico, passados de geração para geração”, conta a ginecologista Karina Tafner.

Após a Segunda Guerra Mundial, isso mudou. “Por ser o parto considerado um evento de risco e para reduzir as elevadas taxas de mortalidade materna e infantil, preconizou-se que esse passasse do ambiente domiciliar para o hospital”, relembra.

Hoje em dia, o interesse pelo parto domiciliar tem aumentado. “O objetivo principal é promover um nascimento mais natural, humano e em ambiente familiar. Dentre as vantagens estão a autonomia e o protagonismo da mulher, estando ela em um ambiente seguro e confiável do ponto de vista emocional”, apresenta.

Contudo, não haverá incisões cirúrgicas para ampliar o canal de parto, uso de analgésicos, de medicações para indução do nascimento do bebê, de fórceps ou cesariana, caso necessário. Esses são procedimentos médicos realizados exclusivamente em hospitais.

Além disso, os riscos do parto domiciliar estão relacionados a um possível caso de emergências.

“Quando o parto ocorre bem, sem intercorrências, o bebê pode até nascer sozinho, sem ajuda. O problema é que nunca sabemos como se desenrolará um trabalho de parto. Mesmo em uma gestação de baixo risco, cujo pré-natal foi adequado, há situações imprevisíveis que podem ser fatais”, alerta a médica.

“O Sistema único de Saúde (SUS) não disponibiliza profissionais para realização do parto em casa, o que aumenta as chances de envolver pessoas não habilitadas”, adverte a ginecologista.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) o risco da morte do bebê no parto domiciliar pode ser até três vezes maior quando comparado ao parto hospitalar.

Para quem deseja fazê-lo, é necessário que seja realizado por profissionais habilitados, em gestações de baixo risco de complicações, com a gestante ciente das possíveis complicações e com possibilidade de transporte seguro e rápido para o hospital mais próximo, caso seja necessário.



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