Bem-Estar | Divagação: conheça os prós e contras de deixar os pensamentos fluírem sem direção



Você já se percebeu com dificuldades de prestar atenção em algo? Para o cérebro, a divagação funciona como o ponto morto no câmbio do carro. O motor está ligado, mas o veículo está parado. Ainda que não seja possível não pensar em nada, os pensamentos podem fluir sem um objetivo específico. Outra curiosidade é que a atenção e o “modo ponto morto” podem acontecer simultaneamente e andarem lado a lado, como explica a psiquiatra de adultos e crianças, Vera Garcia.

“Eles não são excludentes. Muitas vezes, estamos concentrados em algo e, ao mesmo tempo, nossa mente está divagando, seja de forma consciente ou não. Por exemplo: estou trabalhando e, ao mesmo tempo, pensando no que preciso comprar no supermercado”, destaca.

O lado positivo da divagação é dar espaço para criatividade e para a resolução de problemas. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, sugeriu que fazer tarefas simples, que estimulam a divagação, pode ajudar a encontrar saídas para situações desafiadoras do cotidiano.

“Quando divagamos, o cérebro ativa regiões relacionadas ao planejamento, possibilitando focar, com mais precisão, em objetivos e projetos futuros”, justifica a médica.

Em contrapartida, a divagação pode prejudicar o rendimento de atividades intelectuais, como estudo ou trabalho. “Há quem se distraia com qualquer coisa. Estes devem ficar mais atentos nos momentos em que a concentração é fundamental”, aconselha Vera.





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