Eu, Entrevistador

“Pãe” é o jeito popular de se referir à mãe que cria seus filhos sem a ajuda do pai da criança. Pois essa é a história da entrevistadora Roseli e da sua filha Maria Rita, hoje com 13 anos.
“No início, foi bem complicado porque minha filha nasceu com alguns problemas respiratórios e permaneceu quase quinze dias internada. E eu fiquei internada junto a ela”, relembra.
“Ser mãe solo é achar forças às vezes onde a gente não tem”, enfatiza. Atualmente, Roseli busca construir uma relação de muito diálogo com Maria Rita. “Falamos sobre tudo e não tive problemas com essa nova fase dela, de início da adolescência”, revela.
Moradora de Porto Alegre (RS), Roseli tem como rede de apoio a ajuda do irmão, que recentemente passou a morar mais próximo da dupla. “O tio ajuda a cumprir essa referência masculina na vida da Maria Rita. Ele está sempre por perto, apoiando-nos. Inclusive financeiramente, em um momento que estava desempregada”, revela.
Antes de atuar como entrevistadora, Roseli trabalhou no Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde conheceu mais sobre o universo das pesquisas. Além disso, ela também produzia e vendia bonecos de amigurumi, uma técnica japonesa que utiliza crochê ou tricô para criar personagens singelos.
“Eu adoro trabalhos manuais, principalmente crochê, que vem de família. Eu sustentei minha filha durante alguns meses com a venda desse artesanato, que ainda hoje é meu hobby’”, finaliza.