
Questionar-se sobre os rumos da vida é algo comum em qualquer idade, seja aos 18 ou 60 anos.
“A espécie humana adquiriu a capacidade de refletir sobre si e o ambiente ao seu redor, buscando respostas o tempo todo. De modo geral, os questionamentos encontram respostas que tranquilizam, e o homem segue sua trajetória relativamente feliz consigo mesmo”, explica a psicóloga do Rio de Janeiro (RJ), Flávia Teixeira.
Porém, em algumas situações, as respostas não aparecem tão facilmente, exigindo uma reflexão mais profunda para decidir qual direção tomar. “Muitas vezes, a escolha é dolorida”, acrescenta.
Segundo a especialista, uma crise existencial acontece de forma imprevisível e, geralmente, está relacionada a uma situação que chegou ao limite para a pessoa.
“Ela é diferente de uma crise situacional, como um divórcio, por exemplo, ou crise comuns nas diferentes etapas da vida, como adolescência ou meia-idade”, esclarece Flávia.
“Crises situacionais podem convergir e se aprofundar a ponto de se tornarem uma crise existencial. A pessoa também pode vir a desenvolver uma depressão, que requer cuidado médico”, adverte.
Um psicólogo é bem-vindo quando a pessoa fica paralisada diante da crise. “Se o indivíduo já tem algum bloqueio emocional, transtorno de ansiedade ou dificuldade para sair da zona de conforto e se adaptar ao novo, ele precisará de ajuda profissional para desenvolver seu potencial de enfrentar os desafios”, justifica.
“À medida que o indivíduo amplia e aprofunda o conhecimento sobre si mesmo, passa a dispor de novos instrumentos para lidar melhor com os obstáculos e com as dúvidas”, finaliza.