
Receios e medos sem justificativa podem ser consequência dos chamados “pensamentos intrusivos”. Estes estão intimamente relacionados com níveis de ansiedade mais elevados. Como resultado, provocam desgaste mental e físico.
“Um dos principais gatilhos é a recorrente sensação de falta de controle sobre uma determinada situação”, explica a psicóloga especialista em neuropsicologia, Elaine Di Sarno.
“Quando não sabemos bem o que fazer com estes pensamentos, começamos a dedicar grande parte de nosso tempo a uma série de idealizações, sejam elas boas ou ruins”, acrescenta.
Para quem sofre com o problema, a especialista indica questionar esses pensamentos quando eles invadirem a mente.
“Quem os nutre, costuma sempre esperar que coisas ruins aconteçam, desconfia das pessoas e tende a ser inquieto e impaciente”, aponta.
Vale também aceitar que não podemos controlar tudo. “Isso muda a forma como lidamos com nossas emoções e como nos comportamos diante das mais adversas situações”, garante.
Mas há situações, porém, que a intrusão dos pensamentos se torna preocupante. Um exemplo é quando a pessoa começa a avaliar como real a probabilidade do seu medo acontecer.
“Nesse contexto, podem evoluir para quadros mais graves, como depressão ou estresse pós-traumático. Ou seja, a partir do momento em que esses pensamentos passam a condicionar a rotina e prejudicam a qualidade de vida, é preciso buscar apoio profissional”, recomenda.